Resumo: |
Este estudo analisa as condições de existência do artesanato na sociedade colonial na passagem do século XVIII para o XIX. Tomando como caso a cidade do Rio de Janeiro, usa como fontes básicas os registros dos exames corporativos, as licenças para oficinas dadas pela Câmara da cidade e inventários post-morten de artesãos. O artesanato era de natureza escravista e colonial, resultando em sua dependência frente ao capital mercantil, em um processo produtivo tosco, em limitadas possibilidades de acumulação e mobilidade social, em padrões de crescimento puramente extensivos e na liberação de interações competitivas entre os mestres artesãos, sabotando a organização tradicional e europeia dos artífices em corporações de ofício. |