A CONTAG e a Reforma Agrária: Um Estudo sobre a Estrutura Sindical Formal e as Lutas Camponesas

Maria do Carmo Ferraz Tedesco (Orientador: Cyro Lisita)
Dissertação de Mestrado
Programa: UFG/PPGH
Defesa: 1995
Resumo: Estuda o movimento dos trabalhadores rurais, tomando como referência a Confederação Nacional dos trabalhadores da Agricultura - CONTAG. Criação em 1963, foi institucionalizado o Movimento Trabalhador Rural. Primeiramente, a Confederação, conhecida pelas lideranças trabalhistas, buscava promover a unidade e a intervenção sistemática do movimento camponês sobre o Estado que se encontrava fragilizado pela crise econômica, sendo obrigado a fazer novas alianças políticas. Mas com o golpe de 1964, a CONTAG reorienta-se, tornando-se assistencial. Assim, a CONTAG transforma-se em veículo estatal frente o trabalhador rural, sendo utilizada para integrar o camponês à sociedade brasileira. A política agrícola governamental modernizou o processo produtivo, mas manteve a estrutura fundiária, que era a causa da crise camponesa. Houve até mesmo maior concentração de terras, o que no final de 1970, intensificou os conflitos rurais. Assim, os trabalhadores rurais e entidades emergentes do campo cobraram da CONTAG uma representação mais combativa. Dentro desde teor a Reforma Agraria destaca-se como desenvolvimento econômico-social, transformando, em 1980, em instrumento de cidadania, onde o trabalhador, democraticamente, expressa suas reivindicações. Em 1988, com a Constituinte, dificulta-se tais transformações. O Trabalhador busca, assim, um caminho próprio para atingir seu objetivo.
Páginas: 122
URL: Tese não digitalizada