A Rebelião de Joaquim Pinto Madeira: Fatores Políticos e Sociais

Sócrates Quintino da Fonsêca e Brito (Orientador: Walter Fernando Piazza)
Dissertação de Mestrado
Programa: UFSC/PPGH
Defesa: 1979
Banca:
Resumo: O movimento rebelionário do ex-Coronel Joaquim Pinto Madeira, que teve como palco algumas Províncias no nordeste agreste do Brasil, antes de tudo, foi uma revolta de caráter social e, com os acontecimentos políticos que culminaram com a abdicaçao do Imperador D. Pedro I, transformou-se em movimento político, que visava a restauraçao do Imperador, contra a Regência. Essa rebelião, que ficou conhecida no nordeste, como Rebelião de Joaquim Pinto Madeira, em 1831-1832, desenrolou-se na região do Cariri, sul da Província do Ceará, tendo sua parte bélica iniciada em 27 de dezembro de 1831, e seu término em outubro de 1832, com a rendição dos dois chefes, o Coronel Joaquim Pinto Madeira, comandante das forças rebeladas e o Padre Antonio Manuel de Souza, Vigário da Vila do Jardim-Ce., o qual foi figura muito importante na rebelião aqui descrita. No aspecto social, analisa-se o poder do "Coronelismo", que oprimia as classes menos favorecidas, (aqui, representadas na pessoa dos pequenos proprietários de terra e dos "cabras"), o que sempre causou um desajuste sócio-econômico na região em questão. Já no aspecto político, estuda-se as condições destes mesmos "coronéis", que num arrogo de autoridade, possuíam verdadeiros exércitos formados de homens ignorantes (geralmente seus moradores), que pela força das armas, tencionavam impor seus ideais políticos, como foi o caso das revoluções de 1817 e de 1824, que são causas políticas para a rebelião de Joaquim Pinto Madeira. Este trabalho, fruto de uma pesquisa cuidadosa, visa, tão somente colocar em seu devido lugar histórico, um movimento rebelionário que envolveu as Províncias do Ceará, Piauí, Paraíba, Pernambuco e Maranhão.
Páginas: 81
URL: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/111320